quinta-feira, 19 de março de 2009

Pressão antipirataria tira comunidade Discografias do Orkut!


Pressão antipirataria tira comunidade Discografias do Orkut

A comunidade de distribuição de músicas Discografias, do Orkut, enviou, neste domingo (15), um comunicado aos seus membros avisando do fim de suas atividades. Segundo seus moderadores, a pressão feita pela Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM) foi o motivo principal para o fim, não só dela, como das comunidades-irmãs Trilhas Sonoras de Filmes, Trilhas Sonoras de novelas, Coletâneas, Pedidos, Dicas/Dúvidas e Índice Geral.


No comunicado, os moderadores disseram: ''Encerramos as atividades devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros orgãos de defesa dos direitos autorais'', que no comunicado procuraram frisar que nunca tiveram ''nenhum tipo de vantagem financeira'' e que tinham apenas a intenção de ''contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento''.



Os argumentos refletem a confusão muito comum entre pirataria e cópia. “A cópia para uso individual e sem fins comerciais não deveria ser associada à pirataria, como tradicionalmente ocorre. Ela só tem o fim de compartilhar conhecimentos entr indivíduos e não lucratividade entre empresas”, defendeu Marcelo Branco, presidente da Associação de Software Livre (ASL), em entrevista à Folha Online, durante a nona edição do Campus Party, realizada em janeiro deste ano em São Paulo.



A comunidade, criada em novembro de 2005, já somava 920 mil usuários cadastrados, que a usavam para a oferta de links para álbuns de música completos, que podiam ser baixados gratuitamente.



Perseguição



Em resposta ao encerramento das atividades da comunidade Discografias, a APCM confirmou nesta segunda-feira (16) que “há alguns meses acompanha e solicita a retirada de links com conteúdo protegido por direitos autorais desta comunidade”.



Em nota, a APCM disse estar claro que a “Discografias” se dedicava a “disponibilizar músicas de forma ilegal, ignorando todos os canais legais de divulgação e uma cadeia produtiva de compositores, autores, cantores, produtores fonográficos e etc”.



“A comunidade, assim como outras fontes de infrações aos direitos de artistas e produtores, foi e continua sendo observada pelo Departamento de Internet da Associação, que considera um avanço positivo a sua exclusão da rede mundial de computadores, destacando existirem meios legítimos para que os internautas tenham acesso à esse tipo de conteúdo musical no Brasil e no mundo”, continua a nota da associação.

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