Pressão antipirataria tira comunidade Discografias do OrkutA comunidade de distribuição de músicas Discografias, do Orkut, enviou, neste domingo (15), um comunicado aos seus membros avisando do fim de suas atividades. Segundo seus moderadores, a pressão feita pela Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM) foi o motivo principal para o fim, não só dela, como das comunidades-irmãs Trilhas Sonoras de Filmes, Trilhas Sonoras de novelas, Coletâneas, Pedidos, Dicas/Dúvidas e Índice Geral.No comunicado, os moderadores disseram: ''Encerramos as atividades devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros orgãos de defesa dos direitos autorais'', que no comunicado procuraram frisar que nunca tiveram ''nenhum tipo de vantagem financeira'' e que tinham apenas a intenção de ''contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento''.
Os argumentos refletem a confusão muito comum entre pirataria e cópia. “A cópia para uso individual e sem fins comerciais não deveria ser associada à pirataria, como tradicionalmente ocorre. Ela só tem o fim de compartilhar conhecimentos entr indivíduos e não lucratividade entre empresas”, defendeu Marcelo Branco, presidente da Associação de Software Livre (ASL), em entrevista à Folha Online, durante a nona edição do Campus Party, realizada em janeiro deste ano em São Paulo.
A comunidade, criada em novembro de 2005, já somava 920 mil usuários cadastrados, que a usavam para a oferta de links para álbuns de música completos, que podiam ser baixados gratuitamente.
Perseguição Em resposta ao encerramento das atividades da comunidade Discografias, a APCM confirmou nesta segunda-feira (16) que “há alguns meses acompanha e solicita a retirada de links com conteúdo protegido por direitos autorais desta comunidade”.
Em nota, a APCM disse estar claro que a “Discografias” se dedicava a “disponibilizar músicas de forma ilegal, ignorando todos os canais legais de divulgação e uma cadeia produtiva de compositores, autores, cantores, produtores fonográficos e etc”.
“A comunidade, assim como outras fontes de infrações aos direitos de artistas e produtores, foi e continua sendo observada pelo Departamento de Internet da Associação, que considera um avanço positivo a sua exclusão da rede mundial de computadores, destacando existirem meios legítimos para que os internautas tenham acesso à esse tipo de conteúdo musical no Brasil e no mundo”, continua a nota da associação.
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