Caros e Caras,
Dei uma sumida geral daqui e nem dei satisfação. Mas estamos voltando... Fui pra São Paulo rever alguns amigos e amigas e de quebra passar no CONEG da UNE e no planejamento da JPT.
Apesar de não postar, neste período coletei e pensei diversos temas pro blog bacanas.
Hoje reproduzo a notícia do vermelho.org.br sobre o Espetáculo sobre O Capital.
Marx para trabalhadores: China fará espetáculo 'O Capital'
O Capital, a principal obra do pensamento do filósofo alemão Karl Marx, vai ser transformada em espetáculo musical na China, com estréia prevista para o ano que vem. O estudo político-econômico sobre o capitalismo deverá se transformar em uma colorida narrativa ambientada em uma empresa onde os operários estão insatisfeitos com as condições de trabalho.
Na trama, esses trabalhadores se revoltam ao descobrirem que estão sendo explorados por um chefe inescrupuloso — que só pensa em lucros. Começam, então, a entender o conceito de mais-valia e decidem agir, mas não conseguem chegar a um acordo. Alguns empregados se amotinam, outros tentam barganhar coletivamente, e um terceiro grupo resolve continuar trabalhando.
O show contará com números de dança nos moldes dos musicais da Broadway e de shows de Las Vegas. Em entrevista ao jornal Wen Hui Bao, o diretor da montagem, He Nian — que é conhecido por dirigir cenas de lutas de artes marciais — disse que o musical chinês será "descolado" e incluirá "uma banda ao vivo, danças e canto".
Nian, entretanto, ressaltou que a mensagem será séria, e a adaptação primará por fidelidade à ideologia marxista. “O que importa não é o estilo da apresentação — mas, sim, que as teorias de Marx não sejam distorcidas", arrematou.
Para revisar o roteiro e garantir fidelidade às ideias marxistas, os produtores contrataram como consultor o professor de economia Zhang Jun, que leciona na prestigiosa Universidade Fudan de Xangai. Jun defende a popularização da obra. “Ou então O Capital permanecerá uma obra-prima apenas para os economistas e socialistas”, afirma.
O Ministério de Propaganda, responsável pela censura cultural, ainda não se manifestou sobre a montagem. Mas Yang Shaolin, gerente do Centro de Artes Dramáticas de Xangai, disse ao jornal britânico The Guardian que confia no êxito na obra, “graças ao momento de explosão criativa que a China vive”.
Segundo Shaolin, hoje em dia é possível conduzir uma montagem moderna de O Capital com "personagens, elementos dramáticos e significado educacional”. O show terá números de dança semelhantes aos dos musicais da Broadway e de shows de Las Vegas.
A estréia da montagem, de quebra, vai aproveitar a conjuntura de crise econômica global. “O espetáculo permitirá às pessoas comuns entenderem a crise financeira”, afirmou Zhang Jun. O musical se baseia também no filme Rashomon, do diretor japonês Akira Kurosawa, na qual quatro testemunhas de um estupro e um assassinato relatam diferentes versões dos fatos.
Com direito a sapateado e banda ao vivo, a peça deve estrear em meados de 2010, no Centro de Arte Dramática de Xangai — a maior e mais cosmopolita cidade chinesa. “Vamos dar vida às teorias econômicas (de Marx) através de uma peça moderna, interessante, pedagógica e divertida", disse o encenador He Nin, garantindo todos os recursos dos maiores musicais da Broadway.
“O Capital ainda tem respostas para os desafios econômicos e sociais de hoje", disse o diretor Shaolin, sobre a mais famosa obra de Karl Marx. O marxismo continua a ser um "princípio cardial" da China. Marx (1818-83) é também co-autor do Manifesto Comunista, escrito com Friedrich Engels e publicado em 1848.
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