sábado, 29 de novembro de 2008

Uma Grande Brincadeira!

Como está explicado aqui no Blog, vamos fazer disso aqui um Mosaico de Debates e de reencontrar amigos e amigas das mais diversas naturezas.

Hoje no Museu da Língua Portuguesa descobri que a palavras brincar era sinônimo de vincular, ou seja, brincar é criar vínculos... Por isso, vamos fazer desse blog um Grande Brincadeira misturando os mais diversos vínculos que fiz na vida!

Por isso, vou anunciar as novas adesões de Colunistas:

- Primeiro a companheira Claudinha Pomar, que conheci em SC num curso de formação da JPT-SC e que já pude fazer várias debates. Hoje ela está radicada em Cuba, onde cursa Medicina na Escola Latino-Americana de Medicina - ELAM. Tive oportunidade de visitar a ELAM e conhecer a enormidade de pautas que esses brasileiros tem e são muito pouco lembrados. Portanto, o Blog agora tem uma correspodente em Cuba!

- Segundo é a grande camarada Mariana Cardoso, pessoa maravilhosa e grande amiga que conheci no Tocantins. Grande militante feminista! Muitos debates travados na vida real e por MSN(quase sempre de madrugada). Hoje está no Vale do Jequitionha em Minas Gerais!

- Terceiro a companheira Mariana Bento, grande figura de Santo André e que contribuiu muito no debate de Relações Internacionais da JPT. Hoje mora na Argentina, BA, e milita no movimento 13 Ranchos. Tivemos um convívio muito concentrado durante alguns meses do início de minha gestão na Secretaria Nacional de Juventude do PT. Foi uma empatia rápida e gratuita. Enquanto alguns estçao na comunidade Mari fique na Argentina, eu confesso que tenho saudades dela aqui, pois queria ter convivido mais. Agora temos o blog para interagir.

- Quarto é um grande amigo que fiz na gestão da UNE e da JPT, o compa André Sena. A forma que nos conhecemos não foi a melhor, pois ele era da TM e nós da AE tivemos alguns desentendimentos com eles no início da gestao da UNE. Depois superamos isso e ele foi peça fundamental para nossa vitória na JPT. Além de militância, temos muitas aventuras no Brasil e no mundo!

- Quinto é o grande Gustavo Anitelli. De Osasco conheci ele na militância do ME, mas pude conviver mais nos últimos anos, graças a nossa amiga Tica Moreno. Hoje está na Banda Teatro Mágico e fazendo muito sucesso merecido pelo país. Será quase que nosso representante da cultural aqui do Blog.

Com esses cincos temos uma equipe já bem plural composta por 11 pessoas e ainda tem outros que não responderam o convite:

Renatão, Tici Egg, HFdT, Carlos Odas, Renam Brandão, Rodrigo Cesar, Mari Cardoso, André Sena e Gustavo Anitelli. E correspondentes internacionais Mari Bento, Argentina, e Cláudia Pomar, Cuba. Além do intercâmbio cultural com o blog de minha amiga-irmã Alessandra Terribili.

Fui!

O Velho Marx tinha Razão

Já escrevi sobre a crise mundial aqui... Acho que esse era um tema que precisa ser exaustivamente debatido pela sociedade, pois sairemos dessa crise com o mundo totalmente diferente. E vale lembrar que a soluação pra crise de 29 foi a 2a Guerra Mundial... Ou seja, o que estamos vivendo não é fichinha.

Pra explicar um pouco da crise nada melhor que o velho Marx... O texto foi retirado do site de minha amiga-irmã Alessandra Terribili. www.terribili.blogspot.com

O velho Marx tinha razão
“Em um sistema de produção onde toda a continuidade do processo de reprodução depende do crédito, quando este acaba subitamente e somente transações com dinheiro passam a ser aceitas, é inevitável que ocorra uma crise, uma tremenda demanda por meios de pagamento. É por isso que, à primeira vista, a crise inteira parece ser somente uma crise de crédito e de moeda. E de fato trata-se apenas da conversibilidade de letras de câmbio em dinheiro. No entanto, a maioria destes papéis representam compras e vendas reais, cuja extensão – para muito além das necessidades da sociedade – é, afinal, a base de toda a crise. Ao mesmo tempo, há uma quantidade enorme destas letras de câmbio que representam mera especulação, que agora revela sua face e colapsa; especulação fracassada com o capital de outras pessoas, com o capital-mercadoria depreciado ou invendável, ou com ganhos que nunca mais poderão ser realizados. Todo esse sistema artificial de expansão forçada do processo de reprodução evidentemente não pode ser resolvido com um banco, por exemplo, o Banco da Inglaterra, entregando a todos esses especuladores o capital que lhes falta através de seus títulos, comprando mercadorias depreciadas a seus antigos valores nominais. Aliás, é nesse momento que tudo começa a parecer distorcido, já que nesse mundo de papel, o preço real e seus fatores reais desaparecem, deixando visível somente metais, moedas, cédulas, letras de câmbio e títulos.”

Karl Marx, O Capital, vol. 3, cap. XXX.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Início das Comemorações de meu aniversário de 30 anos!


Como todos devem saber dia 2 de dezembro completo 30 anos. Data histórica para qualquer sujeito na terra. Bem, decidi comemorar bastante. Segua aí o cronograma das festas e estejam todos convidados.

Deixo um texto muito bom sobre fazer 30 anos.

Cronograma das Comemorações de 30 anos:

1- Festa Paulistana - dia 30 de novembro, na casa Polaca, a partir das 15 horas! Fica na Av. São João, 1430 - AP 70 (quase na esquina com a Av. Duque de Caxias, pertinho do metrô Santa Cecília).Leve o que for beber.

2- 2 de dezembro - Data do Natalício e dia nacional do samba, Sambas do Balaio e do Calaf!

3- 6 de dezembro - Mega-Festa - Vai ser na ASMRE, do lado do Arena e em frente ao clube do exército. No setor de clubes sul. Venderá cerveja no local, não precisa levar!



Fazer 30 anos

Affonso Romano de Sant'Anna


QUATRO pessoas, num mesmo dia, me dizem que vão fazer 30 anos. E me anunciam isto com uma certa gravidade. Nenhuma está dizendo: vou tomar um sorvete na esquina, ou: vou ali comprar um jornal. Na verdade estão proclamando: vou fazer 30 anos e, por favor, prestem atenção, quero cumplicidade, porque estou no limiar de alguma coisa grave.

Antes dos 30 as coisas são diferentes. Claro que há algumas datas significativas, mas fazer 7, 14, 18 ou 21 é ir numa escalada montanha acima, enquanto fazer 30 anos é chegar no primeiro grande patamar de onde se pode mais agudamente descortinar.

Fazer 40, 50 ou 60 é um outro ritual, uma outra crônica, e um dia eu chego lá. Mas fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Até os 30, me dizia um amigo, a gente vai emitindo promissórias. A partir daí é hora de começar a pagar. Mas também se poderia dizer: até essa idade fez-se o aprendizado básico. Cumpriu-se o longo ciclo escolar, que parecia interminável, já se foi do primário ao doutorado. A profissão já deve ter sido escolhida. Já se teve a primeira mesa de trabalho, escritório ou negócio. Já se casou a primeira vez, já se teve o primeiro filho. A vida já se inaugurou em fraldas, fotos, festas, viagens, todo tipo de viagens, até das drogas já retornou quem tinha que retornar.

Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.

Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.

Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.

Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.

Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.

Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.

Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sobre Futebol e Torcedores


Tipos de Torcedores!

Como disse hoje as quartas serão dedicadas ao Futebol. Como já escrevi muito tentarei ser breve sobre esse assunto. (Coisa que nunca consigo)

Ontem quando tinha essas idéias pro blog pensava sobre o que escrever hoje sobre futebol. Um tema que move paixões e polêmicas. Pensei na recente polêmica da arbritagem, pensei em falar do campeonato de pontos corridos, pensei em falar sobre a barbaridade de tirarem o mando de campo do Goiás na última rodada...

Mas a noite em uma das conversas com amigos e amigas me veio a inspiração e vou falar sobre torcedores. Aliás, sobre torcedores e aqueles que se acham torcedores.

Como quase todos que frequentam esse BLOG sabem torço para Goiás Esporte Clube, gigante alvi-verde do Cerrado. Quando mais novo e morava em Goiânia ia em todos os jogos. Em 1990, com 11 anos, fui em quase todos os jogos do Goiás no Serra Dourada. Exceto dois que estava doente e minha mãe me prendeu em casa. Não só torço como joguei no Goiás por um período. Salão e Campo...

Mas é impressionante como a mercantilização das coisas foi cruel com futebol. E como a hegemonia se reproduz. Antes das transmições ao vivo de futebol tínhamos vários campeonatos estaduais, diversos times com magníficas histórias em todos os estados da federação. Com a televisão e mais ainda com a Globo a mercantilização do futebol foi acelerada e um dos grandes reflexos disso hoje são os torcedores.

Existem torcedores de verdade, aqueles que nasceram em determinadas cidade, torcem pro time que pode acompanhar no estádio, no treino e que está no seu dia a dia da cidade. Esses são um exemplo para futebol, são movidos pela paixão e pela razão. Afinal, que graça tem acompanhar um time pela televisão?? Certamente pra quem mora no Rio e São Paulo é tarefa fácil. No RS, MG, PR, BA e PE tb tem uma grande tradição, mas tb sofrem com a hegemonia construída pela televisão aos times do eixo Rio-São Paulo... Os demais estados a mercantilização é gigantesca.

O segundo time de torcedor vamos chamar de parabólica, ou seja, aquele que só vê seu time pela televisão! Esses são as vítimas mais diretas da mercantilização do futebol. Gostam e até entendem de futebol, mas acompanham seu time via satélite só. Entram em sites, compram jornais e assinam Pay per View caríssimo para conseguir acompanhar.

Viram assim grandes consumidores para saber quem vai jogar e como anda o time. Se foi em 10 jogos no estádio de seu time foi muito! Esses poderiam torcer pro Milan ou pro Barcelona... É a mesma coisa! Muitos deles são a vergonha do estado. Recentemente no jogo na Ilha do Retiro entre Sport e Flamengo a torcida do Sport colocou uma faixa apontando para os torcedores do flamengo no estádio: VERGONHA DO NORDESTE!-->. Sensacional! Acabaram com os torcedores parabólicas, aqueles que moram em Recife e torcem pro Flamengo... Mas na minha visão eles são vítimas da sociedade consumista, mas não deixam de ser bananas em torcerem para um time de fora de seu estado.

O terceiro time de torcedores talvez seja um pouco melhor que o segundo, mas é irritante. São aqueles que tem dois times. Geralmente torcem pra um time imperialista e um time de seu estado. São menos pior pq lembram do seu estado, mas são piores pq dividem sua paixão. Futebol é que nem monogamia... Não tem como torcer pra dois... Não é frescobol que ganha quem empatar... Uma hora um joga contra o outro e um ganha! Vc terá que torcer pra alguém! Quem opta por esse caminho entende pouco de futebol. Por isso, continuam sendo o terceiro e menos valorizados que o segundo.

O quarto time é aqueles que torcem pra dois times sem a menor relação com eles. São duplamente parabólicas! Torcem pro São Paulo e pro Coritiba e nasceram e moram em Brasília. Isso é demais... Uma violação aos direitos humanos. É tão ridículo que nem vou explicar mais esse tipo de torcedor. Essas pessoas não entendem nada de futebol e boa parte pelo menos assume isso.

O último time de torcedor e que dá vontade de gargalhar é aquele que quando perguntamos pra quem torce ele enche a boca pra dizer pra vc: BRASIL! kkkkkkkkkk Quando vc escuta essa resposta até muda de assunto, pois esse não sabe nada de futebol. Quando muito vê copa do mundo. Mas tem o nosso respeito pq não se mercantilizaram. Ao mesmo na luta contra a mercantilização do futebol eles são parceiros, ao contrário do 2o, 3o e 4o time.

Enfim, como já expliquei esse é um fenômeno oriundo da hegemonia da televisão e da rede Globo. Aliás, essa que sempre fez o filme dos times cariocas mesmo eles estando mal. Completam 8 anos em 2008 que nenhum time carioca é campeão brasileiro, um futebol em franca decadência e mesmo assim a Globo insiste em levantar. Que seria do futebol carioca se não fosse a Globo?? Provavelmente seria um campeonato de varzea pior que o Goianão!

Seguimos na luta contra a mercantilização do futebol!

p.s comemorei muito o título do Sport na Copa do Brasil, achei que a máquina da mercantilização do futebol ia agir a favor do Corinthians. Mas pra felicidade do futebol isso não aconteceu, já basta o brasileiro de 2005!

p.s II - Importante comentário do Eduardo Valdoski!
Eduardo disse...

Você esqueceu de falar que a grande hegemonia do Flamengo (e também dos times cariocas) nos estados que não tem times de ponta, é em razão da Rádio Nacional, que só transmitia jogos do Rio, a Globo só deu continuidade...
28 de Novembro de 2008 13:50

Sobre a Dinâmica do Blog


Foto com velhos amigos e amigas pra representar todos os colunistas!

Caros e Caras,

Como disse no primeiro recado aqui no blog, esse lugar tem o intuito de ser um mosaico de debates e encontros entre os diversos amigos e amigas que carrego na minha breve história de militância. Pra cumprir essa tarefa de verdade ontem tive a idéia de convidar diversos colunistas oficiais do Blog. São amigos e amigas de todos os tipos... Da militância, de faculdade, de infância... Pessoas com seus nomes ou pseudônimos... Ou seja, para formar esse mosaico vários irão escrever e postar aqui. Isso sobre os temas mais diversos. Foram ao total cerca de 20 convites...

Pra isso o Blog funcionará da seguinte forma:

Segundas e Sextas são espaços oficiais dos colunistas.

Terças e Quintas serão espaço, a priori, reservado para este que vos fala. Mas tb depende da produção dos colunistas, pois se todos aceitarem e escreverem uma vez por mês com regularidade reduzirei meu espaço.

E quarta o tema será sempre FUTEBOL! rsrsrs

Nos finais de semana a produção poderá acontecer, mas, claro, a cargo dos colunistas! rsrs

Alguns já aceitaram. Primeiro o companheiro Carlos Odas, que hoje trabalha na Secretaria de Juventude do Governo Federal, militante do PT, poeta e companheiro de muitos debates importantes. Grande aquisição do BLOG.

Segundo é o companheiro Renam Brandão, bahiano radicado no Rio de Janeiro, hoje é integrante do Coletivo Nacional de Juventude da CUT. Que me convidou pra ser colunista de outro blog. rsrsrs É o blogsfera se globalizando! rsrs

Temos a companheira Ticiana Egg, que é formada em Ciência Política (fui colega de curso), mestranda em América Latina e parceira de muitos debates tb. Nossos últimos vem sendo sobre o Filme e o Livro " Na Natureza Selvagem"

E por último um amigo formado também em Ciência Política que irá trabalhar com pseudônimo. Que aqui o nosso BLOG é chique.

Percebemos que a coisa é bem eclética e ainda tem mais...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre a Língua Portuguesa!

Como vocês devem ter percebido tenho um problema sério com a língua portuguesa. São longos anos lutando contra isso, mas por todos os testes que fiz dizem que meu problema foi na alfabetização e isso comprometeu todo meu aprendizado da língua portuguesa. Disse uma das pessoas que me aplicou o teste na 8a série: - Ele ainda não repetiu de ano?.

Bem! não repeti, mas sempre sofri... No 3o ano do Sigma, em Brasília, tirei os famosos 49,5 em que o computador arrendodava para 50 e te passava. Foi um alívio!

Mas hoje a postagem é dedicada a dois colaboradores do blog. Primeiro o Renatão, que foi colega de curso na Ciência Política e hoje é agente de viagens. Via Láctea Turismo aqui em Brasília. E que entrou como colaborador oficial do blog e hoje me deu vários toques da língua mãe.

E segundo ao Rodrigo Cesar, grande companheiro da JPT e da AE. Hoje é membro da direção nacional da JPT e um cronista. Que pedi pra que ele disponibilizasse suas crônicas para divulgação aqui. Torna-se então mais um colaborador!

E pra terminar deixo então uma das crônica do Rodrigo que brinca com a língua portuguesa e as desigualdades:

Pereba
Rodrigo Cesar

A palavra é: pereba. Muitas designações embarcam na bela e nada pomposa sonoridade. Simples, na verdade, surge sempre cheia na boca de qualquer um. Não a pereba, a palavra. Cheia, pois rompante.

Nunca foi desperdiçada. Sempre usada quando necessária, no momento certo, sem abusos ou excessos, sem escassez nem timidez. Tanto no tom quanto no volume, precisa.

Que pereba! Soa bem. É uma injustiça que palavra tão bonita, tão coesa, tão sonora, sirva para designar ruindades. Não importa o contexto, é sempre algo de negativo. O contraste entre a gramática e a semântica é brutal. São tão opostas quanto imaginário e real, grande e pequeno, seco e molhado, frio e calor.

Quem diria. Quando é falada, a bela palavra é acompanhada de sarcasmo, pena, nojo, careta ou espanto. Não foge deste escopo. Coitada da pereba. Não tem nem liberdade de expressão. Não consegue se dissociar da negatividade. Ela gostaria de ser lembrada de forma diferente. Não quer mais freqüentar círculos de informalidade. Por ser simples, não significa que está fadada a permanecer no baixo clero lingüístico. Quer estar entre as requintadas.

Acontece que as pomposas são faladas por bocas que nunca conheceram uma pereba. Quem tem pereba e fala pereba carece de requinte.

Assim, percebeu que de nada adiantaria querer ascensão pessoal, que tudo não passava de um jogo de cartas marcadas, que era preciso inverter a ordem, transformar toda a gramática e toda a semântica.

Todo apoio à pereba popular!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Chega de Amenidades... Vamos à Crise Mundial!


É o Capitalismo, estúpido!


Bem, começamos o blog com amenindades. Saudades, lembranças e música. Mas a vida não tá fácil pra ninguém e parece que a crise tá só começando.

Essa semana, na quarta-feira, o PT irá promover um debate sobre a crise internacional com o Guido Mantega e o Marco Aurélio Garcia. Certamente um debate bem importante que o partido deve fazer, ter posição e se preparar para atuar nessa realidade.

Estamos vivendo uma das maiores crises do capitalismo. Dentre os vários fatores que demostram isso, cabe ressaltar o fato de que nunca na história do planeta um modo de produção tomou conta de toda esfera global, como o capitalismo vive hoje.

O velho barbudo já dizia que o capitalismo vive crises cíclicas. Vivemos hoje uma crise do capitalismo, mais especificamente do modelo adotado pela hegemonia burguesa nos últimos 30 a 20 anos, o chamado Neoliberalismo.

Durante esse período de hegemonia do neoliberalismo vimos a queda do muro de Berlim e a derrocada do socialismo soviético. Que pesem todas as críticas que tínhamos ao modelo do leste europeu, ele fazia um contraponto a hegemonia capitalista. Com isso, o neoliberalismo triunfou não só na economia, mas também no campo das idéias. Justamente no terreno fundamental para luta socialista. Chegaram até decretar o fim da história.

O resultado disso foi catastrófico. Retirada de direitos, ampliação da exploração do trabalho humano, destruição de instituições políticas e sociais... e uma série de ações que foram avançando e garantindo cada vez mais lucros aos capitalistas. A máquina de moer gente do capitalismo funcionou como nunca nesses anos.

Contudo, os sinais de esgotamento eram claros há pelo menos 6 anos. A crise atual já vinha sendo desenhada por alguns marxista fazia anos (Não é a toa que em Berlim depois da crise triplicou a venda de O Capital de Marx). Os sinais vinham em vários sentidos. Seja pela acelaração de guerras, seja pela vitórias eleitorais do campo progressista na América Latina. Porém, nem todos acreditavam que ela viria. Neste sentido uma boa parte da esquerda foi pega de surpresa.

Bem, estamos no olho do furacão, a esquerda ainda vive um período de fragilidade imposta pelo neoliberalismo. Existem regiões no planeta em grande caos, o caso a Africa e Oriente Médio, existem regiões centrais do planeta em recessão e indo pro buraco, EUA, Japão e Europa, existem regiões no planeta em pleno desenvolvimento, mas extremamente depende economicamente dos EUA, como a China, e existe região no planeta que vive um período de ascenso de governos progressistas, mas em países que foram devastados pelo neoliberalismo, o caso da América Latina.

Mas mesmo na América Latina nenhum governo se preparou pra crise que se desenhava. Pior, em muito deles o poder político estava deslegitmado, como no caso de Venezuela, Bolívia, Equador e Paraguai. Nesses países a hegemonia neoliberal foi tão brutal que destruiu até organizações e partidos de esquerda. Estes voltaram a se organizar de outras formas com a chegada do esgotamento do modelo.

Podemos perceber uma importante dimensão da crise com esse exemplo. Estamos vivendo não só uma crise econômica como diz a grande mídia, mas também uma crise política, alimentar, energética e ambiental.

A crise política é profunda em alguns países, como os citados na América Latina,mas também em escala global! As estruturas surgidas pós 2a guerra acabaram. Não se chama mais a ONU pra tirar resoluções para crise. Ou mesmo, a ONU é respeitada na Guerra do Iraque. O Banco Mundial tem menos crédito que o BNDES... Ou seja, ruiu o modelo atual de organização do capitalismo. Essa crise é ainda agravada pq não temos um substituto natural aos EUA como tivemos no caso da Inlgaterra no pós 2a guerra.

A econômica nem precisa explicar muito, pois boa parte já está claro. A farra do boi foi grande dos Bancos. Tem ainda quem diga que o problema foi o sub prime, ou seja, o problema é emprestar dinheiro pra pobre. Ridículo isso!

A especulação estava sem limite e é como um castelo de cartas... Quando cai em cima vai destruindo tudo. É como se vc depositasse 10 reais no banco e esse banco empretasse seu 10 reais umas 60 vezes. Quando todos vão resgatar a conta dá 600 e eles só tem 10 pra pagar... E se empresta 60 vezes pra ganhar mais com os juros. É assim que banco lucra e muito, mas os limites estouraram. Sem dúvida, esse era um dos motivos da desvalorização do dólar, quando tem dinheiro demais cai o valor. Na tentativa de salvar passaram a emprestar mais e assim era como se os bancos estivessem fazendo mais dinheiro. Função que devia ser do Estado e muito bem regulada.

As crises alimentar, energética e ambiental são também de esgotamento de modelo. Temos uma modelo de produção pra manter um consumo gigantesco e incompatível com planeta. Se não mudarmos o padrão de consumo, essas crises só irão se acentuar. Os alimentos ficarão mais caros e os mais pobres não poderão comprar, a energia ficará escassa e os países mais pobres sofrerão as consequências e a devastação do planeta será acelerada.

Portanto, percebemos que a crise é muito maior que nos deixam ver. Esse é o motivo de sempre ter alguma coisa nova. Primeiro quebra os bancos, depois as montadoras, depois a construção civil e assim segue a destruição do castelo de cartas construído pela especulação financeira.

Nesse cenário a América Latina desponta como uma esperança, mas mesmo essa esperança corre seríssimo risco. Tivemos com o início do esgotamento do neoliberalismo vitórias eleitorais e não tomadas de poder. Vitória eleitorais vem e vão. Os sinais que temos das urnas não são animadores, parece uma estagnação da possibilidade de ascenso da esquerda. E ao mesmo tempo no auge da crise estamos com governo progressistas, que começarão a passar por dificuldades devido a dependência externa que esses países ainda vivem.

Nesses cenários de crise brutal do capitalismo já vimos ascenso da ultra direita, como no caso da crise de 1929. Na Europa vimos a ascensão do Facismo na Alemanha, Itália e outros países. O que acabou resultando na 2a Guerra Mundial. Nesse momentos de crise política e econômica só existe uma certeza aos estados-nação, o número de tanques! Ou seja, a força.

Na Europa atual já vemos uma hegemonia conservadora e que pode chegar do outro lado do atlântico. Teremos uma série de novas eleições na América Latina nos próximos 3 anos e que podem mudar o rumo dos ventos por aqui. É preciso definir uma estratégia desde já para evitar essa possibilidade. Passa por fortalecer as relações multilateriais do continente, em construir um mercado consumidor interno com força pra diminuir a depedência externa e acima de tudo solidariedade internacional para efetivarmos da melhor forma essa mudança de epóca que estamos vivendo.

Enfim, o cenário é de uma grande crise e sem sabermos direito qual serão os desdobramentos dela. Nos resta nos preparar para o pior e buscar fortalecer a militância, mesmo com o cenário nada animador. Por isso, sejamos pessimista de razão e otimista de ação!

domingo, 23 de novembro de 2008

A cara do domingo a noite...


Galera da SantOnofre em 2006!


Acabei postando alguma coisa ontem e hoje, quebrando a palavra que não iria postar no final de semana. Mas foi por força das circustâncias. Apesar de achar que essa postagem e anterior sejam de pouquíssimo interesse coletivo, não resisti! rsrs

Hoje tivemos um breve encontro dos fundadores da SantOnofre, na própria casa que alugamos há mais de 3 anos. Foi quase que um Deja Vou... Deu saudade!

Mas um dos novos membros da referida república é um excelente músico e nos garantiu algumas músicas. Em uma das músicas mais conhecida e que tem uma carga forte, sendo sempre usada em chapas de DCE ou CA, fiquei bem pensativo. Mas dessa vez essa música me tocou por um motivo menos nobre. Identifiquei essa música com o Domingo a noite. Como o domingo a noite é tristonho e como é insuportável escutar a música do Fantástico!

Mas eis que chega Roda Viva e carrega o final de semana pra lá!

Roda Viva

Chico Buarque

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

sábado, 22 de novembro de 2008

Sobre Finais de Semana

Este blog começou numa sexta feira, bom sinal! Isso pq começa com final de semana. Mas aviso aos leitores e debatedores que me reservo o direito de não postar nada aos finais de semana. Sendo assim, atualização só segunda!

Agradeço todos que postaram até agora: Alê, Humbetim, Silvitcha e Gabriel!

Até segunda!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sem grandes pretensões!

Hoje nasce o blog Idéias, Papos e Besteiras... Sem nenhuma pretensão maior que encontrar amigos e amigas. Se chegarmos lá cumprimos nosso objetivo tático, que por óbvio temos um objetivo estratégico que é circular idéias, pensamentos e a luta que sempre nos motivou. Cumprir uma tarefa nacional é gratificante, mas é difícil. Pra quem vê de fora parece maneiro viver viajando e conhecendo novas pessoas. Mas o desgaste pessoal é enorme... São ônibus pelas madrugadas, aviões sempre nos piores horários, atrasos, dificuldades e muitas coisas que não são numeráveis.

Hoje vivo uma outra dimensão triste de ter cumprindo uma tarefa nacional. Em breve saio oficialmente da juventude, faltam 11 dias para completar 30 anos. Uma dimensão tão difícil e muito mais triste que os 5 anos que vivi isso intensamente. Talvez seja uma das piores dificuldades... Mas isso deve ser pq não nos preparamos para ela!

Até nos preparamos pra sair do ME e da juventude, mas não nos preparamos para perder todos esses laços de amizades que fizemos. Por onde andam tantos amigos e amigas? Formaram e estão fazendo o que? Pessoas tão importantes na minha formação. Seja pela luta ou pelas besteiras que falamos nas festas.

Se hoje tenho convívio com alguns desses amigos e amigas que fiz, acho que é menos de 1/5 das pessoas que conheci. E quanta história tenho em minha vida por essas pessoas... Cada um e cada uma serão inesquecíveis. Seja pela vez que quase fui preso no pistão no ato da UCB, seja pela mesa feita com ressaca, pela aventura na estrada de Rio do Sul pra Floripa, pelo Bar da Eva, pelo policial bêbado que tentou acabar com a festa do Encontro de Enfermagem em Curitiba... Ixi é tanta coisa!

Mas hoje não sinto falta das viagens... Sinto dos amigos e amigas que ficaram no caminho!

Esse primeiro post é um desabafo pessoal. Bem provável que o segundo também será, pois pretendo escrever sobre a saída de juventude.

Por último, queria falar um pouco mais do blog... Se cumprirmos nosso objetivo tático de fazer disso aqui um ponto de encontro entre muitos e muitas pelo Brasil, não quero que seja um blog do Pops e sim de todos e todas. Quero receber postagens sobre qualquer coisa... Seja sobre futebol, sobre militância, socialismo, lembranças e tudo mais. Isso aqui é quase um buteco... Olha só, "quase um buteco" era um bom nome pro blog! Mas agora já era!

Enfim, sejam bem vindos!