Caros e Caras,
primeiro quero agradecer o grande público de ontem, superamos nossa marca historica de acesso ontem. Tamo até parecendo o Lula com sua popularidade... Menos né?
Mas hoje trago a notícia de nosso novo colunista Marcelo Arruda. Conheço o Marcelo deve fazer quase uma década. Entre os corredores da UnB ou na luta do movimento estudantil ou num debate fraterno nós nos conhecemos. Entre acordos e desacordos fomos de nossos CAs mais ou menos na mesma época, estivemos no comando de Greve em 2001 e reabrimos o DCE em 2002.
Sempre carreguei um grande respeito pelo camarada. Hoje, depois de muito brigar, somos até companheiros da mesma corrente no PT, a Articulação de Esquerda. Tínhamos de ter descoberto essa afinidade mais cedo! rsrs Brincadeira Marcelo!
Hoje Marcelo é um dos responsáveis pela Rádio Comunitária Rala-Coco na UnB e milita no Intervozes. Rádio essa que surgiu durante a greve de 2001, foi mantida a duras penas pela militância de comunicação social e instrumento importante durante a ocupação da reitoria da UnB ano passado.
Nosso colunista traz um texto sobre o Fórum Social Mundial e seus desafios na visão dos lutadores da comunicação.
Segue o texto de Marcelo Arruda:
"A vida não se resume a Forum Sociais..."Nas semanas anteriores ao Fórum Social Mundial, várias Rádios Comunitárias foram fechadas em Belém. Estes eram um dos poucos meios de comunicação que estavam transmitindo uma visão do evento que iam além do festivo-turístico. Todas elas estavam transmitindo desde a UFPA para toda Belém no espaço de Comunicação Compartilhada do Fórum de Rádios.
Além disso, foi anunciada a convocação 1ª Conferência Nacional das Comunicações. Posteriormente mais de 200 pessoas estiveram presentes na plenária promovida para debater a conferência, já começando a organizar a sociedade civil no processo. As falas deste espaço apontaram a necessidade de organização popular nas etapas estaduais.
Este dois fatos, entre muitos, mostram como os desafios da vida real serão marcantes na luta pelo direito a comunicação. Mesmo dentro do Fórum, esta perspectiva entra em choque com uma realidade existente de verticalização, restrição e criminalização de uso dos meios, conseqüências do sistema comunicações existente no Brasil. O que nos impõe, citando Marcos Dantas , desafios de “fomentar, fortalecer, consolidar os sistemas não-comerciais de comunicações, as publicações, emissoras, portais, sítios ou blogs que prestem serviço ao público, na sua diversidade, não sendo e não podendo, por isto, serem sustentados por anúncios publicitários, nem servirem à ideologia do mercado.”
Tivemos espaços de reflexão ricos neste sentido, espaços que não existem na dinâmica da luta concreta. Seja pela falta de tempo que a mesma é conseqüente e até pela própria ontologia do Fórum apontar para isso. Sem falar nos espaços de Comunicação Compartilhada, em que se mostrava na prática como poderiam contrapor o modelo da grande mídia. Que poderiam ser ocupados a quem esteve presente no Fórum. E podem estimular que, quando os participantes voltarem para seus lares, estes contruam seus próprios meios de comunicação com seus próprias formas de distribuição.
Os espaços de troca de Experiência do FSM devem apontar a organização de uma nova realidade, onde se horizontaliza a possibilidade de uso da Comunicação. Afinal, é na prática que se constrói o mundo que pensamos e queremos.
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