Manifestantes anti-G20 cercam bancos londrinos Mais de 4 mil pessoas tomaram parte de uma série de ações de protesto em Londres, capital do Reino Unido, um dia antes da cidade abrigar a reunião dos líderes do Grupo das 20 nações mais desenvolvidas — o G20 — que discutirá a atual crise do capitalismo.
Enquanto manifestantes anticapitalistas se reuniam no centro financeiro de Londres, pacifistas e ambientalistas se reuniam em outras partes da cidade.Embora muitos protestos tenham sido pacíficos, alguns manifestantes atiraram pedras contra janelas dos escritórios do Royal Bank of Scotland, cuja situação financeira fez com que o governo britânico estatizasse a instituição. Os manifestantes escreverem a palavra ''thieves'' (Ladrões) nas paredes laterais do banco.
Outros manifestantes atiraram legumes e ovos contra a polícia durante os protestos.
A repressão da polícia antidistúrbios confinou a maioria dos manifestantes à rua Threadneedle, próxima do Bank of England, que responderam aos policiais com gritos de ''vocês são uma vergonha''.
23 detidos
O saldo das manifestações em Londres, até agora, foram 23 manifestantes detidos. Vários deles por ''crimes'' como perturbação da ordem pública, ''comportamento ameaçador'' ou ''atentado ao pudor'', segundo os boletins policiais.
''Fui agredido pela Polícia. Estávamos de pé quando um cordão policial nos empurrou para um lado e um outro cordão nos empurrou para outro'', explicou Neil Caffrey, desempregado de 45 anos, com o lado esquerdo do rosto coberto de sangue devido a um corte no olho.
''Vim para uma manifestação pacífica. Sou contra o capitalismo e a guerra'', disse.
A manifestação, que reuniu cerca de 4.000 pessoas em torno do Banco da Inglaterra, havia começado em calma, sob um céu aberto e ao ritmo de uma fanfarra de jazz, no estilo Nova Orleans, de música eletrônica ou de reggae.
Tensão
Mas a tensão começou a aumentar assim que as forças policiais se reuniram ao redor da multidão, impedindo qualquer um de entrar ou sair durante horas.
''Estou aqui para fazer ouvir minha voz da única forma que posso fazê-lo legalmente. E o governo não reagiu. O governo deve passar à ação'', explicou Ysabel Jones, dona de casa de 38 anos.
''Tenho cinco filhos. Quero que eles tenham acesso à água potável e à propriedade. Precisamos de um pouco de liberdade'', protestou.
Vinda do País de Gales, Ysabel respondeu ao apelo dos líderes do movimento ''G-20: Meltdown in the City'' (desintegração da City) para vir ''tomar a City, chegando até o ventre da besta: o Banco da Inglaterra''.
Fora de Londres também foram realizadas manifestações por conta do G20. No Rio de Janeiro, mais de dez ativistas do Greenpeace se penduraram na ponte Rio-Niterói usando técnicas de rapel para estender um cartaz com a frase ''Líderes mundiais: o clima e o povo em primeiro lugar'', escrita em inglês.
Com informações da Al Jazira: http://english.aljazeera.net
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