segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jovens Cubanos no Brasil na década de 50




Caros e Caras,

Estamos aos poucos a vida normal. Hoje retomo o blog com atualizações diárias ou quase isso.

Espero que os leitores fiéis não tenham esquecido nossos dileto Brog...

Hoje um pouco de história alternativa fruto de umas leituras pela net e que resolvi fazer um resumo. Reescrevi boa parte do texto pra ficar menor e mais direto! Mas este fato foi uma surpresa pra mim e creio que seja pra boa parte das pessoas.

Sendo assim deixamos talvez mais um furo de reportagem de nosso brog...

Jovens Cubanos no Brasil na década de 50

Nos anos 50, segundo resgate histórico feito pelo pesquisador brasileiro João dos Santos Filho em documentos encontrados na Universidade da Havana, na ilha do Caribe, estavam no Brasil integrantes de um movimento político que lutava contra um tirano de nome Fulgêncio Batista, conseqüentemente contra os apoiadores da ditadura, os Estados Unidos. Estes eram jovens cubanos residentes aqui.

Eram 16 ao todo, muito atuantes e conseguiram até que fosse lido na Câmara dos Deputados, graças aos parlamentares Neiva Moreira e Romeu Franco Vergal, em 31 de dezembro de 1958, portanto, um ano antes do triunfo da Revolução cubana, uma moção, pedindo que o governo do então presidente Juscelino Kubitschek rompesse relações diplomáticas com Cuba.

Para se ter uma idéia de como os exilados cubanos estavam tão mobilizados, chegaram até a realizar atos de protesto contra o governo de Fulgêncio Batista, um em frente ao Palácio Monroe, na Cinelândia, outro, da embaixada da Inglaterra empunhando bandeira do Brasil e de Cuba.

No alto do Pão de Açúcar, uma das marcas registradas do Rio de Janeiro, os exilados cubanos colocaram a bandeira do Movimento 26 de julho, fato noticiado na primeira página pelos principais jornais do Rio. Alguns dias depois repetiram o protesto, desta vez hasteando a bandeira do 26 de Julho no Viaduto do Chá, centro da capital paulista.

Em janeiro de 1959, após alguns dias do triunfo da revolução cubana, o Comitê de Exilados Cubanos conseguiu ser recebido em audiência pelo presidente Juscelino Kubitschek. Os seus integrantes queriam não só que o governo brasileiro reconhecesse imediatamente o governo revolucionário, então sob o comando de Manuel Urrutia Lleó, como também a ajuda de JK para que pudessem retornar à ilha caribenha. O presidente autorizou que ele viajassem em um DC-3 da Força Aérea Brasileira, que protagonizou, a partir de 18 de janeiro de 1959, um histórico vôo pinga-pinga, saindo do velho Galeão (atual Tom Jobim) passando por Brasília, Recife, Natal, São Luis, Trinidad Tobago, San Juan de Porto Rico, Porto Príncipe, até chegar a Havana.

Esta é uma pequena notinha para vermos que existem muito mais lacunas e vazios não contados pela história oficial. Estamos a todo o momento fazendo história, assim como os jovens cubanos da década de 50. Contudo, a história oficial cabe aos vencedores da guerra ou a hegemonia vigente. Assim como o pensamento de Gramsci, se existe uma história dos capitalistas temos que construir uma construir uma contra-história dos trabalhadores e socialistas. Pois somente assim começamos a construir uma nova base para outra sociedade.

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