Hoje temos um artigo do nosso colunista Marcelo Arruda, como já disse aqui, ele foi meu companheiro de DCE e hoje é militante da comunicação comunitária. Esteve na ocupação da reitoria da UnB um ano atrás e hoje trás uma visão sobre os desdobramentos daquele movimento.
Valeu Grande Marcelo!
Um ano de que?
Para Norton Guimarães, ouvinte da Rádio 5000 Por hora.
Ano passado tava trabalhando numa produtora de vídeo. Muito. Tanto que nem notei quando o celular alertou o recebimento de mensagem. Quando fui dar uma olhada, já fim-de-expediente tava lá escrito: Mais de 300 Estudantes ocuparam reitoria UnB. Quem puder ajudar, compareça.
Saí voado para a UnB, que era relativamente perto, a fim de ver de qualé. E qualé: dia 3 de abril de 2008 aconteceu uma Assembléia Geral dos Estudantes. Depois, ato na reitoria para o enterro do reitor, de seus amigos e da corrupção na UnB. (mais info a respeito, ver link). Rolou que o ato virou ocupação da reitoria.
Foram duas semanas onde a UnB recuperou respeito. Menos para muita gente de dentro da UnB, mas foi o que se ouvia nas ruas, substituindo um “e os estudantes, eles não vão fazer nada?”
Fizeram, mas ainda não foi suficiente. Se nos últimos dez anos esta é a que mais mexeu (apesar de pouco) na forma organizacional da estrutura da Universidade, ficou muito aquém do Saldo Organizativo que poderia ter. Comparando por exemplo com a greve estudantil de 2001, não houve criação de coletivos posterior a mobilização (alguns até sumiram), e o dialogo com o que ocorria na universidade ficou pontuado no eventismo do caso Thimothy, sem maiores propostas de dialogo coma sociedade.
Como a memória da Universidade (e principalmente a estudantil) é bem curta, escrever e agir a respeito pode ser uma saída. Sabendo que os estudantes estão em movimento, cabe saber que direcionamento vai este movimento. Pois mais frustante do que não se chegar a um objetivo é saber que todas as condições foram das e não se aproveitaram elas.
Defesa da Alegria
Há 5 anos
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